Ana Carolina Seara
Hoje é dia Internacional das Mulheres e algumas homenagens que vejo exaltam a "super" mulher, aquela que se "mata" dando conta de muitas tarefas (cuidar da casa, dos filhos e do marido, além de trabalhar). Aquela que mesmo doente, sorri.Não!! Não desejo isso pra ninguém! Não tenho orgulho dessa mulher.
Brindo as mulheres que conseguiram romper esse padrão! Aquelas que ensinaram seus filhos e maridos a dividir tarefas, porque a casa é de todos os que nela moram.
Um salve àquelas mulheres que respeitam seu corpo quando adoecem e sabem pedir ajuda quando precisam, que aceitam ser cuidadas e não fingem estar bem quando não estão. Que respeitam seus sentimentos e que não mantém relacionamentos violentos ou humilhantes por conveniência ou por causa dos filhos (porque os filhos não merecem carregar esse peso).
Um brinde as mulheres fortes que aprenderam a descansar na frente de tv ( no sofá ou na rede-de pernas pro ar) e que possuem um parceiro do lado pra dividir (tarefas e conquistas). E a todas as outras que entenderam que podem viver muito bem sem ter um parceiro(a).
Não precisamos de um mártir, mas de uma mulher de carne e osso que nos mostre nossos limites e nossa igualdade de direitos.
*Texto atualizado e publicado pela primeira vez no Facebook da autora em 7 de março de 2017
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